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Como Manter a Água para Uso Farmacêutico nas Linhas de Produção

Time : 2025-09-17

Na fabricação de produtos farmacêuticos, a Água para Uso Farmacêutico (PW, WFI, etc.) vai além da compreensão convencional de um simples material bruto; representa, na verdade, um componente essencial intimamente ligado às Boas Práticas de Fabricação (GMP) globais quanto à segurança, eficácia e aprovações regulatórias de um medicamento. A falta de manutenção adequada do sistema de água farmacêutica pode se tornar um terreno fértil para contaminação microbiana, resíduos químicos e, no pior cenário, paralisação da produção industrial e consequências perigosas para os consumidores. Assim, é crucial que as empresas farmacêuticas elaborem um plano estratégico e cuidadoso de ação para a manutenção da água farmacêutica nas linhas de produção. O objetivo deste artigo é delinear e apresentar os principais passos, bem como as melhores estratégias, para garantir a qualidade contínua e confiável da água utilizada na produção.

High-Purity Water & WFI (Water For Injection) Storage Tank with Advanced Sterilization Features

De desenvolvimento de um Sistema Automatizado de Monitoramento da Qualidade da Água.

O primeiro e mais vital passo para manter a água farmacêutica imaculada é estabelecer um registro claro e contínuo das métricas de qualidade da água. A implementação de estratégias salientes de coleta, bem como de um sistema robusto de monitoramento farmacêutico, garante que as normas necessárias sejam atendidas e evita quaisquer cenários de contaminação cruzada.

Primeiro, estabeleça os parâmetros-chave de monitoramento relacionados ao tipo específico de água farmacêutica. O sistema para Água Purificada (PW) inclui o monitoramento de pH, condutividade, COT, COT e microrganismos, enquanto a Água para Injeção (WFI) possui testes adicionais de endotoxinas e parâmetros mais rigorosos. Os parâmetros de monitoramento devem estar em conformidade com as normas (USP, EP, CP) e com os padrões regulamentares globais.

Em segundo lugar, use uma combinação de monitoramento online e offline. Sensores online podem medir condutividade e temperatura, e enviar alertas quando determinados valores estiverem muito altos ou muito baixos. O monitoramento offline pode envolver testes para microrganismos, COT e outros parâmetros em intervalos específicos, como diariamente para microrganismos e semanalmente para COT, fornecendo avaliações mais detalhadas do que os sensores online podem detectar.

Em terceiro lugar, tome todas as providências necessárias para armazenar todos os dados de monitoramento de forma organizada. Todos os registros devem ser retidos e mantidos adequadamente, incluindo os registros de ações corretivas, data e hora, operador e todos os outros detalhes relevantes. Os registros devem estar em conformidade com as regulamentações de qualidade da água para auditorias.

Implementar Protocolos Regulares de Limpeza e Sanitização

A contaminação do sistema de água farmacêutica pode surgir de biofilme, incrustações minerais ou resíduos químicos. Para alcançar o estado ótimo de desempenho do sistema, protocolos regulares de sanitização e limpeza são essenciais para reduzir esses riscos.

Primeiro, crie um cronograma de limpeza com base no projeto do sistema e na frequência de uso. Por exemplo, tanques de armazenamento e circuitos de distribuição podem necessitar de sanitização semanal, enquanto as membranas de osmose reversa no sistema de purificação de água precisam de limpeza para remover sujeira mensalmente. O agendamento conforme os ciclos de produção é fundamental. Toda limpeza e sanitização durante os ciclos de produção é praticamente concluída com mínima interrupção, tornando assim a limpeza viável.
 
Em segundo lugar, escolha agentes de limpeza e sanitização pertinentes à tarefa em questão. Esses materiais precisam ser compatíveis com os componentes e materiais do sistema, como aço inoxidável e plástico, a fim de evitar problemas de corrosão e lixiviação. Uma lista segura de agentes inclui água quente (agente sanitizante), ácido cítrico (agente dessincrustante) e peróxido de hidrogênio (microbicida). Em todos os momentos, esses agentes devem ser de grau farmacêutico, com mínima lixiviação e resíduos, para proteger a água contra agentes contaminantes.
 
Em terceiro lugar, se aplicável, siga os protocolos aceitos para limpeza. Cada etapa de limpeza, eliminação de conexões estranhas ao sistema e demais procedimentos associados deve ser realizada de forma que a verificação seja utilizada para comprovar que o sistema está limpo. Após a limpeza do sistema, esta etapa é vital para garantir que os componentes desejados sejam mantidos, evitando erros humanos.

Manter Sistematicamente o Equipamento de Purificação de Água.

Os componentes essenciais dos sistemas de água farmacêutica, como as membranas de osmose reversa, resinas de troca iônica, filtros e bombas, todos os quais exigem um alto grau de profissionalismo. Esses componentes devem ser mantidos rotineiramente para evitar falhas inesperadas e garantir que a purificação da água seja tão eficaz quanto deveria ser.

Primeiro, realize inspeções programadas, manutenção e substituição de componentes consumíveis. Por exemplo, os pré-filtros devem ser substituídos a cada um a três meses, dependendo da quantidade de sedimento presente, a fim de evitar entupimentos. As resinas de troca iônica, por outro lado, têm uma vida útil de 1 a 2 anos e devem ser substituídas quando sua capacidade de remover impurezas diminuir. No caso das membranas de Osmose Reversa (RO), estas podem durar de 2 a 3 anos; no entanto, também precisam passar por testes regulares para detectar vazamentos e devem ser adequadamente mantidas.

Em segundo lugar, acompanhe o desempenho dos equipamentos críticos. Os parâmetros especializados que devem ser monitorados no caso de um sistema RO incluem pressão, vazão e taxa de rejeição. Se houver um aumento súbito e inexplicável na pressão ou uma queda na taxa de rejeição, isso pode indicar danos ou entupimento da membrana e deve ser verificado imediatamente. Outros componentes importantes, como bombas e válvulas, também devem ser verificados regularmente quanto a vazamentos e ruídos anormais. Se forem negligenciados por muito tempo, esses problemas poderão causar contaminação do sistema.

Em terceiro lugar, mantenha registros sistemáticos e organizados de manutenção. Relatar todas as partes do sistema submetidas à manutenção, incluindo, mas não se limitando a, substituição de componentes e testes de desempenho, é fundamental para cada dispositivo. Esses registros são essenciais para acompanhar a vida útil dos componentes do sistema, além de otimizar a manutenção e auditorias em conformidade com as Boas Práticas de Fabricação (GMP).

Controle Adequado do Sistema de Armazenamento e Distribuição de Água

A contaminação não é exclusiva das águas não tratadas. Mesmo a água purificada pode se contaminar se o armazenamento e a distribuição não forem bem gerenciados. Água parada e circulação inadequada do circuito são fatores importantes que comprometem a qualidade da água.

Primeiro, é necessário otimizar a operação e o projeto do tanque de armazenamento. Os tanques de armazenamento devem ser construídos em aço inoxidável grau 316L (conhecido por suas propriedades anticorrosivas e antimicrobianas) e devem ter um fundo cônico para drenagem eficaz. Será necessário manter uma ligeira pressão positiva no tanque (usando ar filtrado) para impedir a entrada de contaminantes atmosféricos. Além disso, deve-se evitar o transbordamento do tanque. Até mesmo uma redução na circulação pode levar à estagnação.

Em segundo lugar, a circulação deve ser mantida nos circuitos de distribuição. A água parada em trechos mortos (usados, não usados ou partes retas de um circuito) é um local facilmente acessível e ideal para a proliferação de microrganismos. Projete os sistemas de distribuição de modo que os trechos mortos não excedam um comprimento total de 6 vezes o diâmetro do tubo, e garanta que a água circule com velocidade entre 1 e 3 m/s, evitando assim sedimentação e adesão microbiana.

Em terceiro lugar, é necessário realizar sanitização regular do sistema de armazenamento e distribuição. Além da sanitização de rotina, é exigida uma "sanitização de choque" periódica para erradicar quaisquer biofilmes persistentes que possam permanecer no sistema. Após esse procedimento, o sistema deve ser completamente purgado e testado para garantir que nenhum resíduo de desinfetante permaneça no interior do sistema.

Capacite os funcionários sobre os procedimentos operacionais e a manutenção rotineira dos sistemas

Desvios na qualidade da água são frequentemente causados por erro humano. Certifique-se de que o pessoal que opera e mantém os sistemas de água farmacêutica esteja plenamente treinado e qualificado para executar os procedimentos.

Primeiro, crie uma estratégia de treinamento focada nas responsabilidades individuais. O monitoramento diário do sistema e o registro de dados, a partida e parada do sistema, e a resolução básica de problemas exigem treinamento. Espera-se que técnicos de manutenção sejam treinados nos tópicos mais avançados de reparo de equipamentos, substituição de componentes e validação do sistema. Pessoal de controle de qualidade deve ser treinado nos procedimentos de teste da água e na estrutura regulatória.

Segundo, o treinamento não termina com a capacitação inicial. À medida que as normas regulatórias e as melhores práticas aceitáveis mudam, a equipe também deve ser atualizada. Acomodação se instala e os procedimentos principais acabam sendo esquecidos, o que esse tipo de treinamento recorrente é projetado para combater.

Terceiro, o treinamento deve ser revisado e o nível de competência deve ser identificado. Todas as sessões de treinamento devem ser registradas, juntamente com os nomes dos participantes, a data e os tópicos discutidos. Avaliações regulares, como exames escritos ou avaliações práticas, devem ser utilizadas para garantir que os funcionários sejam capazes de aplicar o conteúdo aprendido. Avaliações de competência são necessárias para preencher lacunas de conhecimento com treinamentos mais precisos.

Preparar-se para e responder a desvios na qualidade da água

Desvios na qualidade da água podem ocorrer ocasionalmente, apesar dos nossos esforços diligentes para manter os padrões. Ter um processo definido para gerenciar desvios pode minimizar os problemas a serem abordados, bem como os impactos na produção e no cumprimento das normas.

Primeiro, estabeleça um protocolo para resposta a desvios que seja simples e claro. Parte de um sistema (por exemplo, tanques, filtros e tubulações) precisa ser isolada assim que ocorrer um desvio (por exemplo, em contagens microbianas) para evitar contaminação adicional. É necessário um aviso imediato ao controle de qualidade, manutenção e produção para que possam elaborar um plano de ação.

Segundo, o que causou este desvio? Para um problema definido, o que causou esta discrepância? Utilizando diversas ferramentas (diagrama de causa e efeito, 5 Porquês, etc.), identifique se a causa foi uma peça de equipamento quebrada, sanitização insuficiente ou alguma forma de erro humano. Independentemente do problema, não queremos ver o mesmo problema no futuro.

Terceiro, definir e implementar as ações corretivas e preventivas (CAPAs). Neste caso, o vazamento de um filtro de substituição defeituoso exige uma ação corretiva, e o equilíbrio da prevenção de falhas requer procedimentos rigorosos de controle conforme definido nas ações preventivas. O processo de gestão de desvios é de extrema importância e, portanto, deve ser documentado para referência futura.

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